Marismas

Marisma da Lagoa dos Patos - Foto: Carol Castro

Marismas são subambientes dentro do estuário ou em suas margens. São áreas alagadas, sujeitas a inundações de água vinda do mar. O ambiente como um todo é salgado ou salobro, e está sujeito a variação de salinidade e no nível d'água, por isso há um número reduzido de espécies, que suportam tais características. Quando a época é de muita chuva, chamamos de lagoa doce, já que a água doce predomina, e em épocas de pouca chuva é lagoa salgada, porque a água do mar predomina.

Foto: Carol Castro

As plantas que se estabelecem nos marismas, geralmente conseguem se desenvolver bem, apesar de terem que serem tolerantes a salinidade e a variação no nível da água, nessa região há pouca competição. A vegetação em geral são herbáceas e arbustos, de baixo porte, como a capororoca, samambaia (Acrostichum), juncus, pimenta rosa aroeira, entre outros. Na região também há um grande depósito de matéria orgânica, formando ambiente anóxicos

Juncus effusus - Foto

Constituindo a cadeia trófica nos marismas encontramos, herbívoros como os caranguejos, roedores como os preás, de invertebrados os poliquetas, e a aves, como as andorinhas, bem-te-vi, tesourinha, essas se alimentam de insetos.

Preá (Cavia aperea) Foto

Na praia a matéria orgânica é de origem alóctone, vem de outros habitats, já que não há produtores, nos marismas é ao contrário, esse ambiente é exportador de matéria orgânica, pois produz mais biomassa do que é consumido, essa matéria orgânica é carregada para dentro do estuário.

Os marismas atuam como berçário, abrigando espécies de plantas e animais, além disso esse ambiente evita alagamentos.

Também encontramos alguns problemas ambientais, como os poluentes e o lixo descartado inadequadamente que acabam chegando nos marismas e afetando os organismos, a introdução de espécies exóticas que vem junto com as embarcações, como o mexilhão dourado.